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Experiências exitosas de farmacêuticos no SUS

Garantia de Qualidade

Garantia de Qualidade

O processo de "Garantia de Qualidade" em um serviço de saúde é a aplicação simultânea de processos para medir, avaliar, manter e melhorar a qualidade dos serviços prestados.1 Para tanto, um programa de garantia de qualidade deveria contemplar as seguintes etapas:2

  • Identificar e avaliar o problema;
  • Elaborar plano de ação para corrigir deficiências (soluções);
  • Implementar as soluções;
  • Monitorar a aplicação das soluções;
  • Documentar os resultados;
  • Avaliar o impacto do processo na qualidade do serviço.

Na avaliação da qualidade, as informações coletadas são comparadas  com os parâmetros pré-estabelecidos, os padrões, baseados em critérios determinados.3     Os critérios, seguindo a linha donabediana, são componentes da estrutura, do processo e do resultado do serviço a ser avaliado, enquanto os padrões equivalem à expressão quantitativa.4,5

A estrutura refere-se aos instrumentos, recursos e características relativamente estáveis das organizações provedoras de saúde;  o processo, ao grupo de atividades de natureza técnica e interpessoal que ocorrem entre o provedor de saúde e o usuário. O resultado está associado à mudança no estado de saúde atual e futuro do paciente, que poderia ser atribuído ao cuidado à saúde recebido por ele.3

Estes conceitos gerais de "garantia de qualidade" podem ser aplicados a um centro de informação sobre medicamentos. Para isso, é necessário a identificação de variáveis exemplificadas no Quadro 1.6

Estrutura Pessoas
Recursos materiais (incluindo bibliografia)
Instalações (área e equipamentos
Organização (Manual de Normas e Procedimentos)
Processo Formulário para recebimento de solicitações
Dados coletados para resposta
Avaliação e análise das informações disponíveis na resposta
Formulação da resposta
Documentação (respostas verbais e escritas)
Fontes pesquisadas
Resultado Provisão da resposta (qualidade)
Utilidade do serviço (a quem serve)
Satisfação do usuário
Efeito no cuidado ao paciente

Segundo a literatura, a avaliação de um CIM pode ser feita desde a análise interna das consultas respondidas (informação reativa), até a realização de uma entrevista de opinião com os seus usuários.7  A freqüência desta depende da natureza das atividades que estão sendo avaliadas.2

No caso específico do Cebrim, a avaliação é anual e consolidada num relatório descritivo e retrospectivo de atividades, no qual são apresentados os indicadores citados abaixo:

 

  • Número médio de solicitações respondidas por mês;
  • Tempo médio gasto para responder às solicitações (respostas escritas e verbais);
  • Envolvimento de paciente na solicitação;
  • Natureza ou tema das consultas;
  • Tipos de solicitantes (profissões ou ocupações);
  • Tipo de instituição do solicitante;
  • Origem geográfica dos solicitantes;
  • Fontes de informação (bibliografia) utilizadas para a resposta;
  • Via de recebimento e de resposta das solicitações;
  • Fármacos mais presentes nas solicitações.
  • Classificação terapêutica dos fármacos envolvidos nas solicitações;

    Além destes dados relativos à informação reativa, no relatório anual de atividades do Cebrim é apresentada a produção de informação pró-ativa, como edições do Boletim Farmacoterapêutica, artigos em revistas, trabalhos em congressos, entre outros.

    Recentemente, foi introduzido na avaliação do Cebrim. a opinião do usuário quanto aos serviços de informação reativa. Os aspectos avaliados foram: 'resposta dada a tempo', 'clareza', 'objetividade' e 'resposta completa".  Os resultados parciais deste estudo foram apresentados em Dissertação de Mestrado de um dos técnicos de sua equipe, e em um artigo publicado recentemente na Revista da O.F.I.L. (Organização de Farmacêuticos Ibero-Latinoamericanos), os quais estão disponíveis na  seção "Publicações", na página na Internet.   Os resultados demonstraram que este CIM desempenha satisfatoriamente suas atividades, alcançando seus objetivos e atendendo as necessidades de seus usuários, conforme demonstrado na tabela abaixo:

  •  
    Critérios de Avaliação
     
    Opinião do Usuário
    Resposta a tempo de ser utilizada
    Clareza
    Objetividade
    Resposta Completa
    Sim
    89,5%
    87,9%
    88,0%
    86,5%
    Não
    10,5%
    12,1%
    12,0%
    13,5%

    Referências Bibliográficas:

    1. Stolar MH. Quality assurance for hospital pharmacy. American Journal of Hospital Pharmacy. 1975 Mar; 32:, 276-80.
    2. INTERNATIONAL SEMINAR ON IMPROVING DRUG INFORMATION SYSTEMS IN DEVELOPING COUNTRIES, 1995, Berlin. Anais... Berlin: [s.n.], may./jun. 1995. 62 p
    3. Oakley RS; bradham DD Rewiew of quality assurance in hospital pharmacy. American Journal of Hospital Pharmacy. 1983; 40: 53-63.
    4. Castro CGSO (Coord.). Os estudos de utilização de medicamentos e a qualidade na assistência. In:  Estudos de utilização de medicamentos: noções básicas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. p. 65-76.
    5. Donabedian A. Quality assessmentassurance: unity of purpose, diversity of means. Inquiry. 1998. 25(1): p. 173-192.
    6. Bingham JM et al. Guidelines for quality assurance of drug information centres. The Australian Journal of Pharmacy. 1993 23(6):  422-429.
    Delgado E et al. Desarrollo de un programa de garantia de calidad de la información pasiva en un centro de información de medicamento de ambito hospitalario. Farm Hosp. 1995; 19(5): 283-88.











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