O farmacêutico é o profissional da saúde mais acessível à população. E desde 2013, está respaldado a atuar no cuidado direto à saúde das pessoas, da família e da comunidade, por meio da Resolução nº 585/2013, que instituiu também a consulta farmacêutica. Com a publicação da Lei nº 13.021/2014, as farmácias foram reclassificadas como estabelecimentos de saúde, o que mudou até a configuração desses estabelecimentos. Eles passaram a contar com o consultório farmacêutico, espaços destinados ao atendimento personalizado do paciente.
No consultório, o farmacêutico pode avaliar o conjunto dos remédios que o paciente está usando quanto a possíveis interações, orientar sobre a melhor forma de tomar a medicação, ouvir o paciente sobre sua evolução clínica, fazer contato com o médico ou outros profissionais da saúde que acompanham o paciente para discutir o tratamento e indicar medicamentos isentos de prescrição médica.
Na consulta, o farmacêutico orienta o paciente com a finalidade de obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde, respeitando os princípios éticos e profissionais. Para que esse atendimento ocorra com a privacidade necessária, ele é realizado no consultório farmacêutico, que pode funcionar inclusive de modo autônomo, embora seja ainda mais frequente dentro de farmácias comunitárias e outros estabelecimentos de saúde públicos e privados.
Segundo dados da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que Abrafarma, entidade que reúne as maiores redes do varejo farmacêutico nacional, o número de estabelecimentos com consultórios farmacêuticos chegou a 3 mil em 2019, alcançando mais de 5 milhões de atendimentos realizados no triênio 2017-2019. Segundo os dados, mais de oito mil farmacêuticos prestam atendimento.
O CFF tem estimulado a implantação de diversos serviços direcionados aos pacientes, família e a comunidade, descritos em publicação digital. Os serviços farmacêuticos realizados nas farmácias incluem:
- Dispensação de medicamentos;
- Manejo de problemas de saúde autolimitados;
- Rastreamento em saúde;
- Revisão de farmacoterapia, acompanhamento farmacoterapêutico e gestão de condições crônicas;
- Educação em saúde;
- Conciliação de medicamentos;
- Serviços de imunização;
Durante a prestação desses serviços diversos procedimentos podem ser realizados como medida da pressão arterial, realização de testes rápidos, organização dos medicamentos, em caixas organizadoras (pill box) a fim de contribuir para a melhoria da adesão ao tratamento, entre outros.
O CFF enviou documento ao Ministério da Saúde com uma proposta sobre a atuação do farmacêutico frente a casos suspeitos de COVOD-19. Mas, até o momento, não obteve resposta. Os serviços elencados anteriormente constam na proposta que propõe um fluxo para o atendimento a casos suspeitos de COVID-19. Para apoiar os farmacêuticos no atendimento a esses casos, recentemente a entidade publicou um guia para orientar os profissionais na Estratificação de Risco de Suspeitos de Covid-19 e decisão clínica frente aos diferentes perfis de pacientes. Conheça também a íntegra da resolução que instituiu as atribuições clínicas do farmacêutico.
Fonte: Comunicação do CFF
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