A Medicina Tradicional Chinesa é um dos focos da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde. Esta prática está em expansão no Brasil e sua apropriação por parte dos profissionais da Farmácia foi exposta aos participantes do I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, nesta sexta-feira (17), pelo coordenador do Grupo de Trabalho sobre o tema do Conselho Federal de Farmácia e presidente da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos Acupunturistas (Sobrafa), Paulo Cesar Varanda. “Falar sobre medicina chinesa em um congresso dessa magnitude ajuda a despertar nos profissionais uma conduta de oferecer essas opções terapêuticas aos pacientes”.
Este ano, o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, após assinatura de acordo internacional, passou a adotar a prescrição da medicina chinesa no Sistema Único de Saúde (SUS), o que indica uma maior procura por especializações e conhecimento da área por parte dos profissionais. “Obviamente vai ocorrer um grande crescimento na questão privada também, porque quando as pessoas começam a ter alguma consciência de que, tomando uma fórmula chinesa, você fortalece e potencializa sua saúde, você passa a não ter doença, e a ter maior disposição física e mental”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) também encaminharam ofícios para o Ministério da Saúde demonstrando interesse em implantar essas técnicas no SUS. “Acordos internacionais e informações mais claras chegando aos pacientes favorecem muito o cenário dessas opções terapêuticas que, não têm a intenção de competir com a medicação alopática, mas integrar-se a ela”.
De acordo com o palestrante, o uso exclusivo da alopatia acaba cerceando o direito de o paciente optar por outras técnicas de tratamento, que vão promover saúde para o corpo e fazer com que ele se sinta melhor, sem efeitos colaterais. “Se o paciente tem a prescrição de um antibiótico, por exemplo, ele vai fazer o uso da forma indicada e depois entrar com os medicamentos da medicina chinesa para evitar que esse foco infeccioso volte. Então, você preserva a saúde e ajuda o paciente a não evoluir o quadro clínico para média ou alta complexidade, o que acaba por onerar os sistemas de saúde”.
A acadêmica do oitavo semestre do curso de Farmácia, Thaís Maiara Nogueira da Cruz, de Cuiabá, Mato Grosso, participou da atividade e acredita que a medicina alopática, às vezes, causa mais danos à saúde do que benefícios. “Por isso, me interesso mais pelas práticas integrativas. O Congresso me deixou um pouco confusa para escolher a minha futura área de atuação. Fitoterapia, homeopatia, medicina chinesa são muito atraentes. Mas agora decidi que, pelo menos o meu Trabalho de Conclusão de Curso, será sobre a medicina chinesa. Estou muito interessada”.
Fonte: Comunicação do congresso
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