Valorizar a sistematização do processo de registro do atendimento do paciente, em sincronia com a metodologia de raciocínio clínico deste atendimento, mostrando ao profissional que há uma lógica nesse registro e que ele precisa garantir que todas as etapas sejam anotadas. Este foi o objetivo do mini-curso "Documentação do processo de cuidado: receita, prontuário e documento de encaminhamento", realizado na quinta-feira, 17, durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêutica. Foi o que explicou a ministrante Angelita de Melo, professora da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ).
Durante a exposição, Angelita resaltou que, do ponto de vista técnico, é necessário que o registro seja feito em alguns documentos específicos, como o prontuário, que é obrigatório e contém todo o percurso desse paciente, mas também na receita, que vai auxiliar o paciente a recordar o que tem que fazer. “Se há a instrução apenas verbal, o paciente pode não se lembrar de tudo com precisão”, frisou. Além disso, em sua visão, outros documentos podem agilizar o contato desse paciente com outro profissional ou serviço de saúde, como no caso do encaminhamento.
O minicurso também trouxe aos participantes, divididos em grupos na sala, os passos necessários na condução da consulta no processo de cuidado. Seriam eles: acolhimento e anamnese; verificação de parâmetros clínicos; seleção de condutas; comunicação ao paciente da sua impressão e discussão do plano de cuidado; redação da receita; verificação do entendimento da receita; educação em saúde do paciente; finalização do encontro: retorno para resultados e disponibilidade para contato. "Fizemos a atividade com metodologia ativa. A ideia foi que eles estivessem problematizando situação cotidianas, como casos de afta e cólica. E nesse momento, que executassem o registro propriamente dito", explicou Angelita.
