30/07/2013 - Impacto da atuação farmacêutica no SUS será alvo de mais estudos do CFF

A atuação do farmacêutico tem um importante impacto sobre a qualidade da assistência prestada ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) reduzindo gastos do poder público e ampliando o acesso aos medicamentos com esse atendimento. Por meio da revista Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) já demonstrou isso nos relatos sobre 28 projetos desenvolvidos em Estados e municípios das cinco regiões do País. E agora pretende ampliar as informações sobre experiências existosas por meio de um levantamento bibliográfico detalhado.

A ideia foi apresentada e discutida durante a reunião plenária do Conselho, na quinta-feira, dia 25 de julho, pela assessora da Presidência e membro da Comissão de Educação do CFF, Zilamar Costa Fernandes e recebeu total apoio do presidente do CFF, Walter Jorge João. “Esse levantamento deverá incluir o impacto para o tratamento dos pacientes, além de dados econômicos e financeiros, que serão encaminhados aos gestores municipais, estaduais e, principalmente, federais” comentou.

“Precisamos mostrar a importância do profissional farmacêutico para o SUS, especialmente neste momento, em que o País está com sua atenção voltada para o Programa Mais Médicos, lançado pela Presidência da República”, alertou Zilamar Costa Fernandes. “Estão, o tempo todo, falando sobre a falta de médicos e criando incentivos para a ampliação dos quadros desses profissionais no SUS. É necessário evidenciar aos gestores que sociedade também precisa de mais farmacêuticos.”

A conselheira federal pelo Rio de Janeiro e presidente da Comissão de Ensino Farmacêutico, Ana Paula de Almeida Queiroz, disse que ainda prevalece a ideia que a necessidade de farmacêuticos nos serviços de saúde se resume ao responsável técnico ou que suas funções estão restritas às atividades de logística. Ela lembrou-se das dificuldades que enfrentou para aumentar, em mais cinco colegas, a equipe de farmacêuticos no Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti, do Rio de Janeiro (HEMORIO), que contava com 42 farmacêuticos para 80 leitos. Para Ana Paula Queiroz, será fácil comprovar a importância da atuação do farmacêutico no SUS. “Somente pela ação através de pareceres técnicos envolvendo medicamentos cujo acesso se dá por meio da judicialização da assistência farmacêutica, já teríamos argumentação suficiente.”

Citando a publicação do CFF, Zilamar Costa Fernandes lembrou que Estados e Municípios já dispõem desses dados. “Basta que o CFF, apoiado pelos Conselhos Regionais de Farmácia, faça a compilação destas informações.” Mestre em Saúde Pública e coordenador do grupo que selecionou os trabalhos que integram a publicação do Conselho, o vice-presidente do CFF, Valmir de Santi, considerou pertinente a sugestão e disse que será constituída uma força-tarefa para a produção do documento, a exemplo do que foi feito com a revista Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS. “É urgente que trabalhemos junto aos poderes públicos com dados cada vez mais consistentes das atividades que os farmacêuticos desempenham”, concluiu.

Fonte: Comunicação CFF

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