Cerca de 200 pessoas foram atendidas durante a ação promovida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e o Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF) nesta terça e quarta-feira, dias 2 e 3 de maio, na Câmara Legislativa. Destas, 54 passaram pelo consultório farmacêutico, a maioria porque requeria algum tipo de cuidado ou orientação mais específicos sobre o uso de medicamentos, problemas de saúde e hábitos de vida.
A atividade foi promovida em alusão ao Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos e marca a adesão dos Conselhos de Farmácia ao Desafio Global para a Segurança do Paciente no Uso de Medicamentos, da Organização Pan-Americana Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que tem como meta reduzir em 50% os danos graves e evitáveis associados a medicamentos, nos próximos 5 anos. Esse é o terceiro desafio global da OMS para a segurança dos pacientes. Os anteriores foram “Clean Care is Safe Care”, sobre higienização das mãos na segurança do paciente, em 2005, e o desafio “Safe Surgery Saves Lives” (Cirugia Segura Salva Vidas), em 2008.
O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, ressalta que a humanização do atendimento tem sido o diferencial da atividade, que é realizada desde 2014. As duas primeiras, em 2014 e 2015, ocorreram na Câmara dos Deputados, no Congresso Nacional. A dona de casa Joana Souza dos Santos, 78 anos, que esteve no local junto com o marido, o garçon Constantino Soares dos Santos, concorda: “o atendimento foi VIP”, brincou ela na saída do consultório farmacêutico, com a certeza de que está tudo bem com a sua pressão arterial.
Para o coordenador técnico da equipe de farmacêuticos e estudantes de Farmácia desta edição da ação, Rodrigo Silveira Pinto, com a atividade, os conselhos conseguiram efetivamente dar uma parcela de contribuição, ainda que pequena, para que a meta seja atingida. “Entre os pacientes atendidos pelos farmacêuticos clínicos tivemos o caso de uma senhora com a pressão descontrolada. Ela havia suspendido o uso dos medicamentos já fazia cinco anos, achando que estava curada. Outra precisou ser imediatamente encaminhada a um pronto-atendimento. São pessoas em iminente risco de problemas graves de saúde, que foram devidamente alertadas e encaminhadas.”
A assessora da Presidência do CFF, coordenadora da ação, Josélia Frade, lembra que o Desafio Global continua pelos próximos cinco anos e conclama todos os profissionais da saúde a participar. “Principalmente os farmacêuticos devem se inteirar dessa pauta e participar ativamente para que a meta proposta seja alcançada”, diz Josélia. “Temos um papel fundamental nesse desafio, por sermos os únicos profissionais da saúde envolvidos em todo o ciclo do medicamento. Participamos desde a pesquisa e fabricação dos medicamentos até a dispensação e o acompanhamento do uso pelo paciente”, assinala.
E há muito a ser feito. É preciso e urgente melhorar a forma como os medicamentos são distribuídos, dispensados, administrados e utilizados, para que eles cumpram o seu papel como instrumentos para prevenir, controlar e curar doenças. “Reduzir o uso de medicamentos sem a devida orientação profissional, ou seja, a automedicação, é apenas uma das frentes desse trabalho. Temos inúmeros outros problemas a resolver”, diz Josélia.
A assessora do CFF cita estatística da OPAS/OMS, segundo a qual mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos; e mais da metade dos pacientes que os utilizam o fazem incorretamente. “Mesmo tendo em mãos a prescrição, é importante para a redução de danos e o sucesso do tratamento que as pessoas consultem o farmacêutico para se inteirar sobre a melhor forma de utilização dos medicamentos, a identificação de eventuais problemas relacionados ao seu uso e o monitoramento do sucesso do tratamento”, acrescenta a presidente do CRF-DF, Gilcilene Chaer, que acompanhou os trabalhos.
Intitulada Farmacêuticos em Ação pelo Uso e o Descarte Seguro de Medicamentos, a atividade proporcionou aos servidores, parlamentares e visitantes da Câmara Legislativa a oportunidade de receber orientações sobre o uso correto, seguro e racional de medicamentos, aferir a pressão arterial, fazer a dosagem da glicemia capilar e avaliar a capacidade pulmonar.
Ações semelhantes estão sendo desenvolvidas nos estados, pelos demais conselhos regionais. Para conferir um panorama das atividades e da repercussão que elas estão tendo, clique nos links abaixo:
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Fonte: Comunicação do CFF
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