Representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dos Conselhos Federal de Farmácia (CFF) e de Medicina, Sociedades científicas da área da saúde e outros órgãos do setor reuniram-se, hoje (17.06) pela manhã, na sede do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), para discutir uma ação conjunta entre as instituições, com vistas a combater o uso inadequado de antibióticos.
No centro das preocupações, está a grave questão da resistência bacteriana, fruto do uso indiscriminado desses medicamentos. Uma proposta a ser debatida na reunião será a de a Anvisa incluir os antibióticos na lista de medicamentos controlados, ou seja, que exigem a retenção de receita na farmácia. O Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, disse a jornalistas, hoje, em Brasília, que a Anvisa precisa do apoio de todos para levar a efeito a proposta. “O interesse econômico, obviamente, irá contrapor-se a esta idéia”, alertou.
Souza Santos explicou à imprensa que, no Brasil, os medicamentos de tarja vermelha, a exemplo dos antibióticos, devem ser dispensados sob prescrição médica. “Mas, aqui, os estabelecimentos farmacêuticos são, em verdade, estabelecimentos comerciais e agem enquanto tal. Por isso, buscam o lucro a qualquer custo, inclusive vendendo antibióticos sem receita médica”, denunciou.
Ressaltou que os antibióticos usados inadequadamente geram gravíssimos problemas de saúde, como o insucesso terapêutico e a resistência bacteriana. “A Anvisa se convenceu de que precisava mesmo adotar uma postura mais dura em relação à venda dos antibióticos. Incluir esses medicamentos na lista de controlados é uma atitude correta e que precisa do apoio de todos”, acrescentou Dr. Jaldo. Disse mais: “Sempre lutamos para que o controle na venda dos antibióticos fosse rigoroso. Afinal, se a fiscalização funciona, no caso dos medicamentos de tarja preta, por que não funcionaria com os de tarja vermelha?”, perguntou.
CRF-SP - Um levantamento realizado por fiscais do CRF-SP, de junho a setembro de 2008, constatou que 68% dos estabelecimentos farmacêuticos que participaram da pesquisa dispensam antibióticos e antiinflamatórios sem receita médica. Foram consultados 2.769 estabelecimentos.
Pelo jornalista Aloísio Brandão,
Assessor de Imprensa do CFF.
Fonte: CFF
Autor: Assessoria de Imprensa do CFF
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